Quero que as pessoas conscientizem-se sobre os cuidados que devemos ter com o meio ambiente.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
ambiente salvo
Nos podemos mudar nem que seja só um pouco com nosso planeta, ai vão algumas dicas:
1- Podemos diminuir o consumo de água, primeiramente no banho e quando for lavar a calçada lave com um balde com um pano e uma vassoura vai levar um pouco mais de tempo mas você vai economizar dinheiro, água e principalmente ajudar o meio ambiente.
2-podemos sempre que sair do quarto desligar a luz e também quando não estiver usando a televisão desligue-a (o mesmo vale para o computador,vídeo-game e etc...)
vamos ajudar nosso planeta!!!
domingo, 13 de junho de 2010
Na composição da água entram dois gases: duas partes de hidrogênio (símbolo: H) e uma parte de oxigênio (símbolo: O). Sua fórmula química é H2O.
Três quartos da superfície da Terra são recobertos por água. Trata-se de quase 1,5 bilhão de km3 de água em todo o planeta, contando oceanos, rios, lagos, lençóis subterrâneos e geleiras. Parece inacreditável afirmar que o mundo está prestes a enfrentar uma crise de abastecimento de água. Mas é exatamente isso o que está para acontecer, pois apenas uma pequeníssima parte de toda a água do planeta Terra serve para abastecer a população.
Vinte e nove países já têm problemas com a falta d'água e o quadro tende a piorar. Uma projeção feita pelos cientistas indica que no ano de 2025, dois de três habitantes do planeta serão afetados de alguma forma pela escassez - vão passar sede ou estarão sujeitos a doenças como cólera e amebíase, provocadas pela má qualidade da água. É uma crise sem precedentes na história da humanidade. Em escala mundial, nunca houve problema semelhante.
Tanto que, até 30 anos atrás, quando os primeiros alertas foram feitos por um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), ninguém dava importância para a improvável ameaça.
A água e o corpo humano
Os primeiros seres vivos da Terra surgiram na água há cerca de 3,5 bilhões de anos. Sem ela, acreditam os cientistas, não existiria vida. A água forma a maior parte do volume de uma célula. No ser humano, ela representa cerca de 70% de seu peso. Uma pessoa de 65 kg, por exemplo, tem 45 kg de água em seu corpo. Daí sua importância no funcionamento dos organismos vivos. O transporte dos sais minerais e de outras substâncias, para dentro ou para fora da célula, é feito por soluções aquosas. Mesmo a regulagem da temperatura do corpo depende da água - é pelo suor que "expulsamos" parte do calor interno.
Dia Mundial da Água
A Organização das Nações Unidas instituiu, em 1992, o Dia Mundial da Água - 22 de março. O objetivo da data é refletir, discutir e buscar soluções para a poluição, desperdício e escassez de água no mundo todo. Mas há muitos outros desafios: saber usá-la de forma racional, conhecer os cuidados que devem ser tomados para garantir o consumo de uma água com qualidade e buscar condições para filtrá-la adequadamente, de modo a tirar dela o máximo proveito possível.
Os Direitos da Água
A ONU redigiu um documento intitulado Declaração Universal dos Direitos da Água. Logo abaixo, você vai ler os seus principais tópicos:
1. A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: é rara e dispendiosa e pode escassear em qualquer região do mundo.
2. A utilização da água implica respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza.
3. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
4. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade e precaução.
5. A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo a nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
6. A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável pela água da Terra.
7. A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
8. A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Dela dependem a atmosfera, o clima, a vegetação e a agricultura.
9. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
10. A gestão da água impõe um equilíbrio entre a sua proteção e as necessidades econômica, sanitária e social.
Ciclo da Água
A água, na natureza, está sempre mudando de estado físico. Sob a ação do calor do Sol, a água da superfície terrestre se evapora e se transforma em vapor d'água. Este vapor sobe para a atmosfera e vai se acumulando. Quando encontra camadas frias, se condensa, formando gotinhas de água que juntam-se a outras gotinhas e formam as nuvens.
As nuvens formadas, quando ficam muito pesadas por causa da quantidade de água nelas contida, voltam à superfície terrestre em forma de chuva. Uma parte da água das chuvas penetra no solo e forma lençóis de água subterrâneos. Outra parte corre para os rios, mares, lagos, oceanos etc. Com o calor do Sol, a água volta a evaporar.
Ciclo da água. Lençóis de água.
Água potável e água tratada
A água é considerada potável quando pode ser consumida pelos seres humanos. Infelizmente, a maior parte da água dos continentes está contaminada e não pode ser ingerida diretamente. Limpar e tratar a água é um processo bastante caro e complexo, destinado a eliminar da água os agentes de contaminação que possam causar algum risco para a saúde, tornando-a potável. Em alguns países, as águas residuais, das indústrias ou das residências, são tratadas antes de serem escoadas para os rios e mares. Estas águas recebem o nome de depuradas e geralmente não são potáveis. A depuração da água pode ter apenas uma fase de eliminação das substâncias contaminadoras, caso retorne ao rio ou ao mar, ou pode ser seguida de uma fase de tratamento completa, caso se destine ao consumo humano.
Água Contaminada
Um dos principais problemas que surgiram neste século é a crescente contaminação da água, ou seja, este recurso vem sendo poluído de tal maneira que já não se pode consumi-lo em seu estado natural. As pessoas utilizam a água não apenas para beber, mas também para se desfazer de todo tipo de material e sujeira. As águas contaminadas com numerosas substâncias recebem o nome de águas residuais. Se as águas residuais forem para os rios e mares, as substâncias que elas transportam irão se acumulando e aumentam a contaminação geral das águas. Isto traz graves riscos para a sobrevivência dos organismos.
Existem vários elementos contaminadores da água. Alguns dos mais importantes e graves são:
* Os contaminadores orgânicos: são biodegradáveis e provêm da agricultura (adubos, restos de seres vivos) e das atividades domésticas (papel, excrementos, sabões). Se acumulados em excesso produzem a eutrofização das águas.
* Os contaminadores biológicos: são todos aqueles microrganismos capazes de provocar doenças, tais como a hepatite, o cólera e a gastroenterite. A água é contaminada pelos excrementos dos doentes e o contágio ocorre quando essa água é bebida.
* Os contaminadores químicos: os mais perigosos são os resíduos tóxicos, como os pesticidas do tipo DDT (chamados organoclorados), porque eles tendem a se acumular no corpo dos seres vivos. São também perigosos os metais pesados (chumbo, mercúrio) utilizados em certos processos industriais, por se acumularem nos organismos.
Mar
Desde a Antiguidade, os mares são os receptores naturais de grandes quantidades de resíduos. O Mediterrâneo, o mar do Norte, o canal da Mancha e os mares do Japão são alguns dos mais contaminados do mundo. Os agentes contaminadores que trazem maior risco ao ecossistema marinho são:
* Os acidentes com barcos petroleiros que provocam grandes desastres ecológicos, poluindo a água do mar.
* O petróleo, como conseqüência dos acidentes, descuidos ou ações voluntárias.
* Os produtos químicos procedentes do continente, que chegam ao mar por meio da chuva e dos rios ou das águas residuais.
O problema já começou
A falta d'água já afeta o Oriente Médio, China, Índia e o norte da África. Até o ano 2050, as previsões são sombrias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que 50 países enfrentarão crise no abastecimento de água.
China - O suprimento de água está no limite. A demanda agroindustrial e a população de 1,2 bilhão de habitantes fazem com que milhões de chineses andem quilômetros por dia para conseguir água.
Índia - Com uma população de 1 bilhão de habitantes, o governo indiano enfrenta o dilema da água constatando oesgotamento hídrico de seu principal curso-d'água, o rio Ganges.
Oriente Médio - A região inclui países como Israel, Jordânia, Arábia Saudita e Kuwait. Estudos apontam que dentro de 40 anos só haverá água doce para consumo doméstico. Atividades agrícolas e industriais terão de fazer uso de esgoto tratado.
Norte da África - Nos próximos 30 anos, a quantidade de água disponível por pessoa estará reduzida em 80%. A região abrange países situados no deserto do Saara, como Argélia e Líbia.
Motivo para guerras
A humanidade poderá presenciar no terceiro milênio uma nova modalidade de guerra: a batalha pela água. Um relatório do Banco Mundial de 1995 já anunciava que as guerras do próximo século serão motivadas pela disputa de água, diferentemente dos conflitos do século XX, marcados por questões políticas ou pela disputa do petróleo. Uma prévia do que pode ocorrer num futuro próximo aconteceu em 1967, quando o controle da água desencadeou uma guerra no Oriente Médio.
Naquele ano, os árabes fizeram obras para desviar o curso do rio Jordão e de seus afluentes. Ele é considerado o principal rio da região, nasce ao sul do Líbano e banha Israel e Jordânia. Com a nova rota, Israel perderia boa parte de sua capacidade hídrica. O governo israelense ordenou o bombardeamento da obra, acirrando ainda mais a rivalidade com os países vizinhos.
Riqueza brasileira
Quando o assunto é recursos hídricos, o Brasil é um país privilegiado. O território brasileiro detém 20% de toda a água doce superficial da Terra. A maior parte desse volume, cerca de 80%, localiza-se na Amazônia.
É naquela região desabitada que está a maior bacia fluvial do mundo, a Amazônica, com 6 milhões de quilômetros quadrados, abrangendo, além do Brasil, Bolívia, Peru, Equador e Colômbia. A segunda maior bacia hidrográfica do mundo, a Platina, também está parcialmente em território brasileiro.
Mas a nossa riqueza hídrica não se restringe às áreas superficiais: o aqüífero Botucatu/Guarani, um dos maiores do mundo, cobre uma área subterrânea de quase 1,2 milhão de quilômetros quadrados, 70% dos quais localiza-se em território brasileiro. O restante do potencial hídrico distribui-se de forma desigual pelo país. Apesar de tanta riqueza, as maiores concentrações urbanas encontram-se distantes dos grandes rios, como o São Francisco, o Paraná e o Amazonas.
Assim, dispor de grandes reservas hídricas não garante o abastecimento de água para toda a população.
Seca no Nordeste
Este é um problema que tem solução. Desviar parte da água do rio São Francisco para a região semi-árida é uma idéia antiga. Na prática, seria construída uma rede de canais para abastecer açudes dos Estados atingidos pela falta d'água, como Pernambuco, Ceará e Paraíba. Especialistas calculam que um projeto desse seria capaz de levar água a 200 municípios e 6,8 milhões de brasileiros.
Como economizar água
Não demore muito tempo no chuveiro. Em média, um banho consome 70 litros de água em apenas 5 minutos, ou seja, 25.550 litros por ano.
Preste atenção ao consumo mensal da conta de água. Você poderá descobrir vazamentos que significam enorme desperdício de água. Faça um teste; feche todas as torneiras e os registros de casa e verifique se o hidrômetro - aparelho que mede o consumo de água - sofre alguma alteração. Se alterar, o vazamento está comprovado.
Você pode economizar 16.425 litros de água por ano ao escovar os dentes, basta molhar a escova e depois fechar a torneira. Volte a abri-la somente para enxaguar a boca e a escova.
Prefira lavar o carro com balde em lugar da mangueira. O esguicho aberto gasta aproximadamente 600 litros de água. Se você usar balde, o consumo cairá para 60 litros.
Cuidado: Nada de "varrer" quintais e calçadas com esguicho; use a vassoura!
Curiosidades
Cada brasileiro gasta 300 litros de água por dia. Apenas metade disso seria suficiente para suprir todas as necessidades. Além disso, grande parte dos reservatórios está contaminada, principalmente em regiões mais populosas.
Na maioria dos países, é no campo que ocorre o maior consumo de água: a agricultura intensiva consome mais de quinhentos litros por pessoa ao dia. De 1900 até os nossos dias, a superfície de cultivo irrigado triplicou. Os sistemas tradicionais de irrigação aproveitam apenas 40% da água que utilizam. O resto evapora ou se perde.
Ainda no século passado, viviam na Europa ursos, lobos, corças, camurças, cabritos-monteses, águias, galos dos bosques, faisões dos montes e outros. Hoje, pode-se caminhar por horas e horas ao longo de uma picada nos campos, sem ouvir o canto de um pássaro ou um ruído de um animal. É a "natureza silenciosa", um dos aspectos negativos das conquistas da nossa atual civilização.
Não a violência aos animais! Proteja os animais em extinção.
Trata-se de uma realidade que não pode ser ignorada: em todo o mundo, espécies inteiras de animais estão se extinguindo. As causas? Um cientista alemão, Vinzens Ziswiler, escreveu com amarga ironia: "A causa... o homem pode vê-la sempre que se olhar no espelho..."
Reação em cadeia
Boa parte das vezes a destruição poderia ter sido evitada ou, pelo menos, reduzida. Deve ser evitada ou reduzida, porque se o homem continuar a destruir a natureza acabará por se destruir a si próprio.
Se uma floresta é derrubada, por exemplo, desaparecem as ervas e frutos (alimento de certos bichos), e se lhes rouba também o refúgio natural; esses animais fogem ou morrem, e seu desaparecimento prejudica outros animais, que deles se alimentavam. É uma verdadeira reação em cadeia, cujo desastroso resultado final é o desaparecimento da fauna de regiões inteiras.
É caso para desesperar-se?
Sim e não. Sim, porque algumas espécies não poderão ser salvas, mesmo se forem poupadas pelo homem. Por outro lado, existem motivos de otimismo. Em alguns casos, as medidas de proteção permitem preservar muitas espécies e até fazê-las aumentar em número. Isso graças aos parques nacionais, que existem em diversos países. No Brasil, existem dezesseis parques e 27 reservas ecológicas.
sábado, 12 de junho de 2010
# Ao tomar banho: um banho demorado chega a gastar de 95 a 180 litros de água. Banhos curtos economizam água e energia elétrica.
# Ao escovar os dentes: com a torneira aberta, o gasto é de até 25 litros. Primeiro escove e depois abra a torneira para encher um copo com a quantidade necessária para o enxágüe.
# Ao apertar a descarga: uma válvula de privada no Brasil chega a utilizar 20 litros de água em um único aperto. Por isso aperte apenas o tempo necessário.
# Ao usar as torneiras: uma torneira aberta gasta de 12 a 20 litros de água por minuto e se estiver pingando são 46 litros por dia.
# Ao lavar louças: lavar as louças, panelas e talheres com a torneira aberta o tempo todo acaba desperdiçando até 105 litros. O certo é primeiro escovar e ensaboar e depois enxaguar tudo de uma só vez.
# Ao lavar calçadas: muitas pessoas utilizam a mangueira como vassoura, desperdiçando água tratada na lavagem das calçadas. Use a vassoura e quando necessário um balde ao invés de deixar a mangueira aberta o tempo todo.
# Ao lavar roupas: apenas use a máquina de lavar quando estiver bem cheia.
# Ao lavar o automóvel: gasto médio de 560 litros em 30 minutos. Lavar apenas quando for realmente preciso, usando um balde em vez de mangueira, e economiza será de 520 litros.
# Ao molhar plantas: primeiro, consulte a meteorologia para ver se vai chover! Regar somente o necessário usando um esguicho tipo "revólver", que libera a água só quando adicionado. Armazena a água da chuva para molhar suas plantas.
O Verde do Brasil
O Brasil é aclamado como um dos países – para não dizer “o país” – mais verde do planeta. De fato, a maior parte da maior floresta tropical do mundo, a floresta Amazônica, está em território brasileiro (o que equivale a mais de 4 milhões km²).
O país também detém a maior planície de inundação contínua do mundo, o Pantanal, com 250 mil km² de extensão, com uma riqueza biológica única. E não é só: o Brasil possui a maior biodiversidade do planeta: de cada cinco espécies existentes, uma encontra-se no país. A diversidade de espécies animais e vegetais é tanta que ninguém sabe seu número exato – a estimativa é que se conheça apenas 10% da vida do país.
A água, tão importante para a manutenção de todo esse verde, também é farta no país, que detém a maior reserva de água doce não congelada do planeta, correspondendo a 12% do total mundial. O verde é tão marcante no país que até nossa bandeira é dominada por ele.
Mas toda essa exuberância verde brasileira está ameaçada. Se por um lado os números acima são impressionantes, por outro, o número de desmatamente, poluição e extinção de espécies animais e vegetais também impressionam. Somos ao mesmo tempo campeões do “verde”, e campeões em destruí-lo.
O Brasil é campeão de área absoluta desmatada e de velocidade de devastação, de acordo com estudo norte-americano intitulado de "Desmatamento em Florestas Tropicais 2000-2005”. O país foi responsável por 47,8% do desmatamento de florestas tropicais úmidas no período, com taxa anual de 26 mil km² - quatro vezes mais do que o segundo colocado, a Indonésia, com 12,8%.
Apesar dos dados serem de quatro anos atrás, é só acompanhar as manchetes de qualquer jornal para entender que esse cenário não mudou – pelo menos não para melhor. Uma de nossas maiores riquezas, a floresta Amazônica, sofre ano a ano com taxas alarmantes de desmatamento. Em toda a história do Brasil foram destruídos 17% da Floresta Amazônica.
Apenas em um período de nove meses - de agosto do ano passado a abril deste ano – 5.850 Km² foram desmatados, de acordo com dados do sistema DETER – Detecção do Desmatamento em Tempo Real, divulgados pelo INPE – Instituto de Pesquisas Espaciais. Ainda de acordo com o INPE, em 20 anos de monitoramento e fiscalização, o desmatamento na Amazônia jamais caiu abaixo de 11.000 km2 por ano.
Mas não é só a floresta Amazônica que sofre com o desmatamento. A Mata Atlântica e o Cerrado – outros dois importantíssimos biomas brasileiros, que possuem uma biodiversidade única, também estão seriamente ameaçados.
A Mata Atlântica, que originalmente percorria o litoral brasileiro de ponta a ponta, estendendo-se por 1,3 milhão de quilômetros quadrados, hoje possui apenas 7% de sua extensão original (aproximadamente 52.000 km2). O Cerrado, o segundo maior bioma brasileiro, localizado na região central do país, originalmente possuía 2 milhões de km² de vegetação, e hoje está reduzido a apenas 20%. O desmatamento do Cerrado é alarmante, chegando a 3 milhões de hectares por ano, o equivalente a 2,6 campos de futebol por minuto.
O desmatamento desenfreado coloca o Brasil entre os maiores emissores do mundo de gás carbônico (maior causador do efeito estufa) e metano na atmosfera. Entre 60% a 75% das emissões brasileiras são provenientes dos desmatamentos da floresta tropical. Se os relatórios tradicionais de emissões de gás carbônico no mundo contabilizassem as emissões provenientes de desmatamento, o Brasil ficarem entre os cinco maiores emissores de carbono do mundo. Mesmo quando não é contabilizado, o país fica entre os 20 maiores emissores, ocupando a 18ª posição, segundo a Netherlands Environmental Assessment Agency.
Outro lado negativo do desmatamento é a extinção de espécies. Só o desmatamento da floresta Amazônica provocou a extinção 26 espécies de animais e plantas, segundo um relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). E os dados são de 2006. Imagine o número de espécies ameaçadas e extintas hoje, ainda mais se contabilizarmos o desmatamento do Cerrado e da Mata Atlântica! Segundo o Ministério do Meio Ambiente, esse número seria de 600 espécies ameaçadas só de animais.
A água, outro bem que se torna mais precioso (e raro) a cada dia também está ameaçada no Brasil. Apesar de possuir a maior reserva de água doce do planeta, o país sofre com a escassez em certas regiões e a falta de água potável em várias regiões é uma ameaça real. Os rios e lagos brasileiros vêm sendo comprometidos pela queda de qualidade da água disponível para captação e tratamento.
Na região amazônica e no Pantanal, por exemplo, rios como o Madeira, o Cuiabá e o Paraguai já apresentam contaminação pelo mercúrio, metal utilizado no garimpo clandestino, e pelo uso de agrotóxicos nos campos de lavoura. Nas grandes cidades, esse comprometimento da qualidade é causado por despejos de esgotos domésticos e industriais, além do uso dos rios como convenientes transportadores de lixo.
O verde no Brasil está seriamente ameaçado. É chover no molhado dizer que é necessário uma série de medidas para preservar nossa riqueza ambiental, além de educar e conscientizar toda a população e os governantes para tanto, mas essa afirmação se mantém real – e urgente. Caso contrário, corremos o sério risco de perder todo nosso verde – até o da nossa bandeira.
Água em crise
Diversos pesquisadores e especialistas têm atribuído a problemática da água a dois fatores fundamentais: escassez e gestão. A “crise da água” vivida atualmente pela humanidade se deveria a uma ou outra variável.
Para Adolpho José Melfi, professor titular da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), no entanto, não se trata de um problema causado apenas pela gestão ou pela escassez do recurso natural, mas sim pelos dois fatores intimamente interligados.
“É inegável que hoje temos um problema causado pela escassez, devido principalmente à distribuição desigual de água no planeta e agravado pela má gestão, que sempre foi pontual e setorial, deixando de ser integrada para resolver a questão das bacias hidrográficas brasileiras de modo mais sistêmico”, disse Melfi à Agência FAPESP.
O reitor da USP de 2001 a 2005 e que também já integrou o Conselho Superior da FAPESP, esteve na semana passada na Fundação, como um dos palestrantes do workshop que sucedeu a cerimônia de assinatura do termo de cooperação entre a FAPESP e a Sabesp para apoio à pesquisas em recursos hídricos e saneamento. Melfi falou sobre “Água: Pesquisa para a sustentabilidade”.
“As consequências dessa crise são claras para países como o Brasil. Ainda que tenhamos 14% de todos os recursos hídricos do mundo, grandes cidades, como São Paulo, estão no limite da escassez”, disse.
Ao enfatizar as consequências de problemas de gestão e de escassez, que para ele representam um dos maiores desafios para as próximas décadas, Melfi ressaltou que a soma de todas as atividades humanas, sejam agrícolas, industriais, de serviços, lazer e outras, resulta em um consumo aproximado de 20 milhões de litros por ano por habitante do planeta.
Esse consumo elevado faz com que pelo memos 26 países se encontrem atualmente no que o pesquisador define como “situação de penúria”, sendo que mais 50 devem atingir esse patamar até a metade deste século.
Melfi é membro da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências da América Latina, da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, da Académie d'Agriculture de France e da Académie des Sciences d'Outre Mer, também na França.
É detentor de vários prêmios acadêmicos, como a Medalha de Prata de Geologia, a Gran Cruz do Mérito Científico, a Palma Acadêmica do governo francês e o prêmio de Geocientista do Ano de 2004 da Academia de Ciências para o Mundo em Desenvolvimento. Desde 2007 é diretor do Centro Brasileiro de Estudos da América Latina da Fundação Memorial da América Latina.
Segundo Melfi, com relação ao uso da água nas sociedades modernas, em média 69% são para atividades agrícolas, 23% para a indústria e 8% para atividades urbanas. “Mas temos observado que mesmo países com grande quantidade de água podem ter regiões com pouca disponibilidade do recurso. Entre os fatores que mais explicam a distribuição heterogênea da água estão a ocupação do solo e as variações do clima”, apontou.
No Brasil, segundo ele, o uso mais intenso está na irrigação de culturas, com 69%, seguido pela utilização para a criação animal (11%), uso urbano (11%), industrial (7%) e rural (2%).
Melfi usou também dados do Relatório sobre Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) de 2006, que aponta que 1,2 bilhão de pessoas estariam atingidas diretamente pela escassez de água.
De acordo com o relatório, 2,7 bilhões devem ser atingidas até 2025, 2,6 bilhões não contam com saneamento básico e 1,8 milhão de crianças morrem anualmente por infecções transmitidas por água insalubre.
De acordo com Melfi, esse panorama tende a se agravar, uma vez que a demanda por água continua a crescer devido ao aumento populacional de cerca de 90 milhões de habitantes por ano no mundo, alidado a fatores como a necessidade de produzir maior quantidade de alimentos e a rápida industrialização dos países em desenvolvimento, nos quais a indústria aumentou o consumo de água em cerca de 30 vezes apenas no século 20.
Pesquisa básica e aplicada
Para o enfrentamento da crise, Melfi sugere que uma das principais saídas estaria na realização de mais pesquisas científicas, tanto básicas como aplicadas, que levem, sobretudo, à redução do consumo e ao reúso de água.
“A pesquisa sobre o assunto é fundamental e deve ser multidisciplinar, envolvendo todos os elementos possíveis que constituem a paisagem natural e os sistemas hídricos. Os estudos precisam ainda ser sistemáticos no sentido do constante monitoramento dos resultados. Nesse sentido o acordo FAPESP-Sabesp é fantástico por garantir a continuidade dos projetos, que deverão ter longa duração”, disse.
O termo de cooperação entre as instituições prevê um investimento de até R$ 50 milhões, sendo metade de cada uma, ao longo de cinco anos, voltados para o financiamento de projetos propostos por pesquisadores de universidades e institutos de pesquisa paulistas e da empresa de saneamento.
Serão apoiadas pesquisas em sete principais eixo temáticos: “Tecnologia de membranas filtrantes nas estações de tratamento de água e de esgoto”; “Alternativas de tratamento, disposição e utilização de lodo de estações de tratamento de água e estações de tratamento de esgotos”; “Novas tecnologias para implantação, operação e manutenção de sistemas de distribuição de água e coleta de esgoto”; “Novas tecnologias para melhorias dos processos de operações unitárias”; “Monitoramento da qualidade da água”; “Eficiência energética”; e “Economia do saneamento”.
Um desastre para ficar na história
A conta ambiental começou a ficar bem mais salgada. As primeiras aves com o corpo coberto de óleo do vazamento da plataforma Deepwater Horizon no Golfo do México foram encontradas na costa da Lousiana, onde a mancha de óleo do tamanho da metade de Sergipe bateu na manhã de sexta-feira, dia 30. O acontecimento, tanto temido pelas autoridades americanas quanto pelos ambientalistas, traz um prejuízo econômico, segundo os primeiros cálculos, de cerca de bilhão de dólares.
O óleo não poderia ter sido derramado em momento pior. O mês de abril é temporada de reprodução de peixes, pássaros, tartarugas e outras criaturas marinhas no Golfo do México. Durante o período, as espécie, por instinto, tendem a se assentar e, com isso, ficam impossibilitadas de reagir a tempo e fugir do perigo. Segundo afirmam pesquisadores, 90% de todas as espécies marinhas do Golfo do México fazem uso das regiões costeiras e dos estuários do Rio Mississipi ao menos uma vez na vida para reprodução.
A costa da Lousiana, local onde se encontram 40% das regiões de mangue dos Estados Unidos, é pouso para mais de cinco mil espécies de aves migratórias. A lista completa dos animais na mira do óleo inclui 400 espécies, encabeçada pelo atum-azul, em alto perigo de extinção. Das sete espécies de tartarugas marinhas do mundo, cinco migram para a região para cuidar de seus filhotes em abril. Tubarões e mamíferos marinhos, como as baleias Cachalote, Azul, Fin e Sei também nadam no óleo. Uma equipe do Greenpeace dos Estados Unidos está a caminho da Lousiana para documentar e expor os impactos ambientais causados pelo vazamento de óleo
zoom Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de oceanos do Greenpeace Brasil, na região de Abrolhos. Greenpeace / Lunaé Parracho “As aves marinhas possuem um óleo natural que cobre o corpo e as possibilita de mergulhar no mar sem afundar”, explica Leandra Golçalves, Coordenadora da Campanha de Oceanos do Greenpeace. Com o tingimento das penas de negro petróleo, as aves perdem esta cobertura natural e ficam impossibilitadas de mergulharem. “Isto sem falar nos níveis de toxicidade a qual os peixes e as baleias estão expostos. A cada vez que uma baleia vai à superfície para respirar, está levando petróleo aos pulmões”, acrescenta Leandra.
O acidente, causado por uma falha no sistema de segurança de uma plataforma construída em 2001 usando a mais recente tecnologia para a área pode vir a se tornar o maior da história dos Estados Unidos. Estimativas oficiais são de que o volume de óleo derramado já ultrapassa os de grandes acidentes como o da Exxon Valdez, em 1989, no Alasca e o de Santa Bárbara, Calif, em 1969. Por via das dúvidas, o presidente Obama vez sendo orientado a suspender novos projetos de exploração de petróleo até que maiores investigações sobre o caso garantam maior segurança.
"Ainda hoje, apesar da alta tecnologia para a exploração de gás e óleo já desenvolvida no mundo, são poucas as medidas eficientes para evitar o impacto ambiental de vazamentos de petróleo no mar. A região que foi afetada pelo Exxon Valdez, por exemplo, ainda não se recuperou totalmente dos impactos, mesmo depois de 21 anos do ocorrido”, diz Leandra. "Está mais do que na hora dos governos e sociedade repensarem o modelo de desenvolvimento que queremos para o futuro. Para evitar esse tipo de impacto só existe uma maneira: diminuir a exploração de petróleo e migrar para uma matriz energética mais limpa e renovável", conclui.
O óleo não poderia ter sido derramado em momento pior. O mês de abril é temporada de reprodução de peixes, pássaros, tartarugas e outras criaturas marinhas no Golfo do México. Durante o período, as espécie, por instinto, tendem a se assentar e, com isso, ficam impossibilitadas de reagir a tempo e fugir do perigo. Segundo afirmam pesquisadores, 90% de todas as espécies marinhas do Golfo do México fazem uso das regiões costeiras e dos estuários do Rio Mississipi ao menos uma vez na vida para reprodução.
A costa da Lousiana, local onde se encontram 40% das regiões de mangue dos Estados Unidos, é pouso para mais de cinco mil espécies de aves migratórias. A lista completa dos animais na mira do óleo inclui 400 espécies, encabeçada pelo atum-azul, em alto perigo de extinção. Das sete espécies de tartarugas marinhas do mundo, cinco migram para a região para cuidar de seus filhotes em abril. Tubarões e mamíferos marinhos, como as baleias Cachalote, Azul, Fin e Sei também nadam no óleo. Uma equipe do Greenpeace dos Estados Unidos está a caminho da Lousiana para documentar e expor os impactos ambientais causados pelo vazamento de óleo
zoom Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de oceanos do Greenpeace Brasil, na região de Abrolhos. Greenpeace / Lunaé Parracho “As aves marinhas possuem um óleo natural que cobre o corpo e as possibilita de mergulhar no mar sem afundar”, explica Leandra Golçalves, Coordenadora da Campanha de Oceanos do Greenpeace. Com o tingimento das penas de negro petróleo, as aves perdem esta cobertura natural e ficam impossibilitadas de mergulharem. “Isto sem falar nos níveis de toxicidade a qual os peixes e as baleias estão expostos. A cada vez que uma baleia vai à superfície para respirar, está levando petróleo aos pulmões”, acrescenta Leandra.
O acidente, causado por uma falha no sistema de segurança de uma plataforma construída em 2001 usando a mais recente tecnologia para a área pode vir a se tornar o maior da história dos Estados Unidos. Estimativas oficiais são de que o volume de óleo derramado já ultrapassa os de grandes acidentes como o da Exxon Valdez, em 1989, no Alasca e o de Santa Bárbara, Calif, em 1969. Por via das dúvidas, o presidente Obama vez sendo orientado a suspender novos projetos de exploração de petróleo até que maiores investigações sobre o caso garantam maior segurança.
"Ainda hoje, apesar da alta tecnologia para a exploração de gás e óleo já desenvolvida no mundo, são poucas as medidas eficientes para evitar o impacto ambiental de vazamentos de petróleo no mar. A região que foi afetada pelo Exxon Valdez, por exemplo, ainda não se recuperou totalmente dos impactos, mesmo depois de 21 anos do ocorrido”, diz Leandra. "Está mais do que na hora dos governos e sociedade repensarem o modelo de desenvolvimento que queremos para o futuro. Para evitar esse tipo de impacto só existe uma maneira: diminuir a exploração de petróleo e migrar para uma matriz energética mais limpa e renovável", conclui.
Água - Consciência e preservação
Hoje, metade da população mundial (mais de 3 bilhões de pessoas) enfrenta problemas de abastecimento de água. Muitas fontes de água doce estão poluídas ou, simplesmente, secaram. Você sabia que 97% da água existente no planeta Terra é salgada (mares e oceanos), 2% formam geleiras inacessíveis e, apenas, 1% é água doce, armazenada em lençóis subterrâneos, rios e lagos?
Pois, bem, temos apenas 1% de água, distribuída desigualmente pela Terra para atender a mais de 6 bilhões de pessoas (população mundial). Esse pouquinho de água que nos resta está ameaçado. Isso porque, somente agora estamos nos dando conta dos riscos que representam os esgotos, o lixo, os resíduos de agrotóxicos e industriais.
Cada um de nós tem uma parcela de responsabilidade nesse conjunto de coisas. Mas, como não podemos resolver tudo de uma só vez, que tal começarmos a dar a nossa contribuição no dia-a-dia? Você sabe quantos litros de água uma pessoa consome, em média, por dia? Não? São cerca de 250 litros (isto mesmo, 250 litros ou mais): banho, cuidados de higiene, comida, lavagem de louça e roupas, limpeza da casa, plantas e, claro, a água que se bebe.
Dá para viver sem água? Não dá. Então, a saída é fazer um uso racional deste recurso precioso. A água deve ser usada com responsabilidade e parcimônia. Para nós, consumidores, também significa mais dinheiro no bolso. A conta de água no final do mês será menor. O mais importante, no entanto, é termos a consciência de que estamos contribuindo, efetivamente, para reduzir os riscos de matarmos a nossa fonte de vida: a água.
Preservação- O seu papel
Eis algumas coisas que você pode fazer para realmente evitar danos ao meio ambiente:
* Não jogue óleos lubrificantes na sua rede de esgoto
o Não fique tentado a trocar você mesmo o óleo do motor de seu carro e jogar o óleo velho no ralo. Este óleo vai chegar com certeza a um rio e em segunda instância, ao mar, podendo causar muitos danos. Entre eles a morte de plânctons, mariscos, mamíferos e aves marinhas.
o Os postos de gasolina encaminham periodicamente os resíduos provenientes das trocas de óleo de volta às refinarias, onde são processados em outros produtos (graxa, por exemplo). Se você trocar seu óleo em casa, guarde o óleo velho e o entregue num posto de gasolina.
o Estima-se que 90% do óleo que polui os mares tem origem no continente (restos industriais e municipais), contribuindo os navios para os outros 10%, sendo que destes a maior parte vem da lavagem dos tanques e liberação de lastros de óleo e não de acidentes com vazamentos, como se poderia supor. Na realidade os grandes vazamentos de óleo, embora catastróficos, no total respondem por uma quantidade muito pequena da poluição marítima por óleo.
* Evite jogar materiais não degradáveis (plásticos ou outros) no ambiente.
o Certifique-se de que o lixo que você está depositando será devidamente encaminhado. Se não houver um programa de coleta no local onde você estiver (um camping numa região afastada, por exemplo), provavelmente o lixo será enterrado ou incinerado em condições desfavoráveis. Nesse caso, o melhor a ser feito é guardar todo o lixo não biodegradável (plásticos, vidros) e no caminho de volta deixá-lo em uma cidade.
o O plástico tem uma alta durabilidade e embora não ofereça perigo químico por produtos de sua degradação, constitui um grande problema no sentido de ser confundido com alimento pelos animais marinhos. Com frequência mamíferos e aves marinhos, além de tartarugas, alimentam-se com pedaços de material plástico (sacolas) e não raro morrem em decorrência disso.
o Outro problema envolvendo material plástico é o causado por redes de pesca velhas que são descartadas no mar, que oferecem perigo para mamíferos marinhos que ficam presos nessas redes até a morte.
o Uma curiosa exceção: na cidade de Mongaguá (SP) há uns 12 anos mais ou menos, foi realizado um projeto para favorecer a procriação de peixes na região próxima ao píer, frequentado por pescadores. Tal projeto envolvia nada menos do que o lançamento dentro da água de vários fardos de pneus velhos amarrados uns aos outros, formando ninhos para os peixes.
* Outros produtos nocivos à vida marinha:
o Detergentes com fosfatos
o Fertilizantes
o Cloro
* Evite comprar produtos cuja produção esteja ligada à extração não renovada
o Evite comprar móveis feitos com madeiras de lei (mogno, por exemplo), a não ser que se tenha certeza que a matéria-prima foi proveniente de áreas de extração controlada e renovada.
o Não compre em hipótese alguma espécimes silvestres, vegetais ou animais, pois não há nenhum tipo de controle sobre esse tipo de extração. Vale lembrar que a posse de espécimes silvestres atualmente é considerada crime inafiançável.
* Não contribua diretamente para o desmatamento
o Se possuir uma propriedade com mata original, preserve-a ao máximo, especialmente em se tratando de matas ciliares (nas margens de cursos e reservatórios de água).
o Queimadas, evidentemente, são intensamente destrutivas no sentido de que eliminam a cobertura vegetal original, cujas folhas caducas constituem uma importante fonte de matéria orgânica para o solo. Assim sendo, o que estraga o solo não é a ação direta do calor, e sim a eliminação da fonte de matéria orgânica.
o Há diversos motivos para não se acender uma fogueira, mas é bom saber que elas não "matam" o solo, uma espécie de crendice entre algumas pessoas. Na realidade em locais onde foram acesas fogueiras anteriormente o que se vê é um solo totalmete recuperado, indistinguível do restante da área. Caso a fogueira seja imprescindível deve-se tomar cuidado para que o fogo não se alastre, mantendo uma fogueira de pequenas dimensões, facilmente controlável. Lembrar-se também de sempre apagar a fogueira completamente após seu uso.
* Economia dos recursos naturais
o Um dos grandes problemas atuais é a administração das fontes de água e energia (eletricidade, combustíveis), e tudo o que se fizer no sentido de economizá-las é efetivamente uma ação de preservação.
animais
1- Cervo-do-pantanal: Animal dócil e grandalhão, torna-se um alvo fácil para os caçadores em busca de sua galhada, usada como decoração.
2- Onça-pintada:Encontrada no Pantanal, desaparece da região devido à caça indiscriminada. Sua pele tem cotação em dólares no mercado internacional.
3- Mono-carvoeiro: O maior macaco do Brasil. É originário da Mata Atlântica. Atualmente restam apenas cerca de cem destes animais no estado do Rio de Janeiro.
4- Pica-pau-de-cara-amarela: Os poucos sobreviventes vivem nas matas gaúchas. Com o desmatamento, perde sua principal fonte de alimentação, as sementes das árvores.
5- Ararinha-azul: Cobiçada no mercado internacional por sua plumagem. Há apenas cerca de cinqüenta desses animais, vivendo no Piauí e na Bahia.
6- Mutum-do-nordeste: Os últimos exemplares desta ave vivem hoje no litoral de Alagoas. Alguns biólogos estão tentando reproduzir essa ave em cativeiro, para garantir a sobrevivência da espécie.
7- Mico-leão-dourado: Com a redução da Mata Atlântica, perdeu seu hábitat natural. Restam algumas centenas na reserva de Poço das Antas, no estado do Rio de Janeiro.
8- Tartaruga-de-couro: Cada vez mais rara no litoral brasileiro. Sua carne saborosa e seus ovos são disputados pelos pescadores do país.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
ANIMAIS EM EXTINÇÃO
arvore
Cerca de 11 espécies de palmeiras correm sério risco de extinção e duas já podem ser consideradas extintas do território brasileiro. Uma delas, Trithrinax schyzophylla, ainda pode ser encontrada em estado nativo no território paraguaio. A outra, Butia leptospatha, não teve a mesma sorte. Coletada uma única vez no Brasil em 1936 e descrita em 1940, nunca mais foi encontrada em seu habitat natural no sul do Mato Grosso do Sul, uma vez que toda a vegetação do cerrado onde ela ocorria foi virtualmente varrida da região. Não há registro da existência de nenhum exemplar cultivado desta espécie em qualquer parte do mundo. Um cipreste mexicano, por exemplo, possui um tronco com 58 metros de circunferência. Uma outra árvore, desta vez uma sequóia, conhecida como General Sherman, encontrada em um
parque nacional americano, possui 83 metros de altura, sendo considerada a maior conífera do planeta.
Por que plantar uma árvore?
As árvores podem promover diversos benefícios nas áreas urbanas, como:
regularidade do clima redução da poluição atmosférica melhoria do ciclo hidrológico (melhor regularidade de chuvas) redução da velocidade dos ventos melhoria das condições do solo urbano aumento da diversidade e quantidade da fauna nas cidades, especialmente de pássaros melhoria das condições acústicas, diminuindo a poluição sonora opções de recreação e lazer em parques, praças e jardins valorização dos imóveis embelezamento das cidades as árvores nas cidades são habitat para inúmeras espécies de aves.
Previna sua arvore de adoecer
Há diversas possíveis causas. As mudas podem sair do viveiro com algum problema O solo pode ser muito fraco ou compactado A área sem calçamento ao redor do tronco pode não ser suficiente para a entrada de água e nutrientes As árvores podem adoecer, caso sejam feitas práticas de poda inadequadas
As árvores no ambiente urbano normalmente apresentam sintomas de estresse, ficam debilitadas e são atrativos para o ataque de fungos ou insetos
Diga "Não" a mutilação de árvores.
Árvores na zona urbana e poda é uma relação tão arraigada na mente das pessoas, que muitas vezes se cometem grandes erros sob a ilusão de estar realizando a prática mais acertada. A poda de árvores é uma agressão a um organismo vivo - a árvore - que possui estrutura e funções bem definidas e alguns mecanismos e processos de defesa contra seus inimigos naturais. Contra a poda e suas conseqüências danosas não existe defesa, a não ser a tentativa de recompor a estrutura original, definida geneticamente.
Você sabe quantos anos vive uma arvore?
As árvores sempre exerceram um fascínio sobre o homem. Prova disso é a constante presença destes seres vivos em lendas e tradições existentes pelo mundo. A razão de tanto fascínio talvez explique-se em sua longevidade, que em alguns casos pode chegar a 4000 anos. Outro motivo para tanto fascínio seria pelas dimensões a que estas podem chegar.A datação do jequitibá-rosa de Vassununga foi feita dentro da metodologia científica pelo biólogo Manuel de Godoy, que vive em Pirassununga e organiza excursões para a árvore desde os 16 anos. Suas medições, que começaram em 1970, duraram 18 anos. Ele contou os anéis de três troncos de jequitibás mortos e mediu seus diâmetros. Pôs os dados no computador e, comparando com o diâmetro do jequitibá, chegou à estimativa de 3.020 anos.
Hoje, entretanto, pesquisadores como a bióloga Giselda Durigan, do Instituto Florestal, discordam da idade da árvore: "O jequitibá não precisa de 3 mil anos para ficar daquele tamanho", diz. Há quem diga que ele deve ter uns 700 anos. "O clima tropical faz as árvores crescerem e morrerem rápido. Em Assis temos um jequitibá plantado há 30 anos com quase 80 centímetros de tronco.
Até agora ninguém sabe ao certo, quantos milhares de anos pode viver uma arvore
Como cuidar da arvore se ela sofrer ferimentos a machado ou serra elétrica
É importante tratar o local do corte com substâncias que impedem a ação de organismos nocivos (pragas e fungos) à planta, principalmente nos casos onde os ramos são grossos. As mais utilizadas são: calda bordalesa, mastique, cera de enxerto e pastas fungicidas.o processo de cicatrização pode ocorrer de maneira natural mas isto dependerá da saúde da arvore e o tipo do ataque que vai receber se puder ajudá-la terá a certeza de sua recuperação.
Curiosidades científicas:
A sementes de gonçalo-alves, um arbusto do cerrado, germinaram mais rápido no espaço do que as que brotaram aqui na Terra. A conclusão é da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), após receber o material levado para o espaço pelo astronauta brasileiro Marcos Pontes. Natural de Bauru-SP.
Historia do Plástico
As sacolas de plástico podem permanecer mil anos no meio ambiente.
Com a quantidade de petróleo necessária para fabricar uma bolsa de plástico, um carro poderia percorrer 115 metros.
Usa-se 70% a menos de energia para reciclar plástico do que para fabricar plástico novo.
Na remota ilha Midway, no Oceano Pacífico, encontraram-se restos de sacolas de plástico nos esôfagos de 90% das crias de albatroz.
O plástico mata cada ano cerca de 1 milhão de aves marinhas, 100.000 mamíferos e inumeráveis peixes.
Em Bangladesh, Taiwan, Austrália, África do Sul e algumas zonas da Índia, é proibido o uso de certo tipo de sacolas de plástico nas lojas.
Na Irlanda e Dinamarca existe um imposto pelo uso de sacolas de plástico, para reduzir seu consumo.
O presidente do Clean Up the World, Ian Kiernan, fundou a campanha ao notar enquanto navegava ao redor do mundo, a quantidade de plástico e resíduos que bóia no oceano. Exija que seu supermercado use sacolas biodegradáveis que já existe no mercado.
Hoje o plástico faz parte de nossa vida. Observando o ambiente, nota-se que grande parte dos utensílios - dos óculos à sola de sapato, do móvel de cozinha ao painel do automóvel - é feita deste material.
MAS DE ONDE VÊM OS PLÁSTICOS?
O plástico vem das resinas derivadas do petróleo e que pode ser moldado de várias formas, sem se quebrar. Pertence ao grupo dos polímeros, moléculas muito grandes, com características especiais e variadas.
Algumas das razões para tanto sucesso do plástico são sua leveza (o que facilita o transporte), o fato de ser maleável e não se estilhaçar quando se quebra.
TIPOS DE PLÁSTICOS
Existem muitos tipos de plásticos. Os mais rígidos, os fininhos e fáceis de amassar, os transparentes, etc..
São divididos em dois grupos de acordo com as suas características de fusão ou derretimento: termoplásticos e termorígidos.
Os termoplásticos são aqueles que amolecem ao serem aquecidos, podendo ser moldados, e quando resfriados ficam sólidos e tomam uma nova forma. Esse processo pode ser repetido várias vezes. Correspondem a 80% dos plásticos consumidos.
Os termorígidos ou termofixos são aqueles que não derretem e que apesar de não poderem ser mais moldados, podem ser pulverizados e aproveitados como carga ou serem incinerados para recuperação de energia.
Tipos
Aplicações
TERMOPLÁSTICOS
1. PET - Polietileno Tereftalato Frascos de refrigerantes, produtos farmacêuticos, produtos de limpeza, mantas de impermeabilização e fibras têxteis;
2. PEAD - Polietileno de Alta Densidade Embalagens para cosméticos, produtos químicos e de limpeza, tubos para líquidos e gás, tanques de combustível para veículos automotivos;
3. PVC - Policloreto de Vinila Frascos de água mineral, tubos e conexões, calçados, encapamentos de cabos elétricos, equipamentos médico-cirúrgicos, esquadrias e revestimentos.
4. PEDB - Polietileno de Baixa Densidade Embalagens de alimentos, sacos industriais, sacos para lixo, lonas agrícolas, filmes flexíveis para embalagens e rótulos de brinquedos;
5. PP - Polipropileno Embalagens de massas e biscoitos, potes de margarina, seringas descartáveis, equipamentos médico-cirúrgicos, fibras e fios têxteis, utilidades domésticas, autopeças (pára-choques de carro);
6. PS - Poliestireno Copos descartáveis, placas isolantes, aparelhos de som e tv, embalagens de alimentos, revestimento de geladeiras, material escolar;
7. Outros Plásticos especiais e de engenharia, CDs, eletrodomésticos, corpos de computadores,
TERMORRÍGIDOS: PU - Poliuretanos, EVA - Poliacetato de Etileno Vinil etc Solados de calçados, interruptores, peças industriais elétricas, peças para banheiro, pratos, travessas, cinzeiros, telefones e etc.
A RECICLAGEM ...
O plástico pode ser reaproveitado de três maneiras:
RECICLAGEM ENERGÉTICA - ele é queimado liberando um calor muito forte (superior ao do carvão e próximo ao produzido pelo óleo combustível) que é aproveitado na forma de energia.
RECICLAGEM QUÍMICA – ele é "desmontado" por aquecimento e a matéria-prima pode então ser utilizada novamente na indústria petroquímica.
RECICLAGEM MECÂNICA - no Brasil, é a mais utilizada; é mais barata e mantém uma boa qualidade do produto:
Para facilitar a separação dos materiais plásticos para a reciclagem, foram estabelecidos códigos para diferenciar cada tipo.
Alguns exemplos dos tipos mais utilizados:
PET - (polietileno tereftalado) - garrafas de refrigerante, sucos e óleo de cozinha, Essas embalagens são transparentes e fabricadas em diversas cores.
V ou PVC - (policloreto de vinila) - tubos e conexões de encanamento; alguns frascos de detergente, pastas para material escolar, calçados. É mais rígido, porém resistente.
OUTROS – Utilizados em eletrodomésticos, aparelhos telefônicos, revestimentos diversos, pisos, etc.
Com a quantidade de petróleo necessária para fabricar uma bolsa de plástico, um carro poderia percorrer 115 metros.
Usa-se 70% a menos de energia para reciclar plástico do que para fabricar plástico novo.
Na remota ilha Midway, no Oceano Pacífico, encontraram-se restos de sacolas de plástico nos esôfagos de 90% das crias de albatroz.
O plástico mata cada ano cerca de 1 milhão de aves marinhas, 100.000 mamíferos e inumeráveis peixes.
Em Bangladesh, Taiwan, Austrália, África do Sul e algumas zonas da Índia, é proibido o uso de certo tipo de sacolas de plástico nas lojas.
Na Irlanda e Dinamarca existe um imposto pelo uso de sacolas de plástico, para reduzir seu consumo.
O presidente do Clean Up the World, Ian Kiernan, fundou a campanha ao notar enquanto navegava ao redor do mundo, a quantidade de plástico e resíduos que bóia no oceano. Exija que seu supermercado use sacolas biodegradáveis que já existe no mercado.
Hoje o plástico faz parte de nossa vida. Observando o ambiente, nota-se que grande parte dos utensílios - dos óculos à sola de sapato, do móvel de cozinha ao painel do automóvel - é feita deste material.
MAS DE ONDE VÊM OS PLÁSTICOS?
O plástico vem das resinas derivadas do petróleo e que pode ser moldado de várias formas, sem se quebrar. Pertence ao grupo dos polímeros, moléculas muito grandes, com características especiais e variadas.
Algumas das razões para tanto sucesso do plástico são sua leveza (o que facilita o transporte), o fato de ser maleável e não se estilhaçar quando se quebra.
TIPOS DE PLÁSTICOS
Existem muitos tipos de plásticos. Os mais rígidos, os fininhos e fáceis de amassar, os transparentes, etc..
São divididos em dois grupos de acordo com as suas características de fusão ou derretimento: termoplásticos e termorígidos.
Os termoplásticos são aqueles que amolecem ao serem aquecidos, podendo ser moldados, e quando resfriados ficam sólidos e tomam uma nova forma. Esse processo pode ser repetido várias vezes. Correspondem a 80% dos plásticos consumidos.
Os termorígidos ou termofixos são aqueles que não derretem e que apesar de não poderem ser mais moldados, podem ser pulverizados e aproveitados como carga ou serem incinerados para recuperação de energia.
Tipos
Aplicações
TERMOPLÁSTICOS
1. PET - Polietileno Tereftalato Frascos de refrigerantes, produtos farmacêuticos, produtos de limpeza, mantas de impermeabilização e fibras têxteis;
2. PEAD - Polietileno de Alta Densidade Embalagens para cosméticos, produtos químicos e de limpeza, tubos para líquidos e gás, tanques de combustível para veículos automotivos;
3. PVC - Policloreto de Vinila Frascos de água mineral, tubos e conexões, calçados, encapamentos de cabos elétricos, equipamentos médico-cirúrgicos, esquadrias e revestimentos.
4. PEDB - Polietileno de Baixa Densidade Embalagens de alimentos, sacos industriais, sacos para lixo, lonas agrícolas, filmes flexíveis para embalagens e rótulos de brinquedos;
5. PP - Polipropileno Embalagens de massas e biscoitos, potes de margarina, seringas descartáveis, equipamentos médico-cirúrgicos, fibras e fios têxteis, utilidades domésticas, autopeças (pára-choques de carro);
6. PS - Poliestireno Copos descartáveis, placas isolantes, aparelhos de som e tv, embalagens de alimentos, revestimento de geladeiras, material escolar;
7. Outros Plásticos especiais e de engenharia, CDs, eletrodomésticos, corpos de computadores,
TERMORRÍGIDOS: PU - Poliuretanos, EVA - Poliacetato de Etileno Vinil etc Solados de calçados, interruptores, peças industriais elétricas, peças para banheiro, pratos, travessas, cinzeiros, telefones e etc.
A RECICLAGEM ...
O plástico pode ser reaproveitado de três maneiras:
RECICLAGEM ENERGÉTICA - ele é queimado liberando um calor muito forte (superior ao do carvão e próximo ao produzido pelo óleo combustível) que é aproveitado na forma de energia.
RECICLAGEM QUÍMICA – ele é "desmontado" por aquecimento e a matéria-prima pode então ser utilizada novamente na indústria petroquímica.
RECICLAGEM MECÂNICA - no Brasil, é a mais utilizada; é mais barata e mantém uma boa qualidade do produto:
Para facilitar a separação dos materiais plásticos para a reciclagem, foram estabelecidos códigos para diferenciar cada tipo.
Alguns exemplos dos tipos mais utilizados:
PET - (polietileno tereftalado) - garrafas de refrigerante, sucos e óleo de cozinha, Essas embalagens são transparentes e fabricadas em diversas cores.
V ou PVC - (policloreto de vinila) - tubos e conexões de encanamento; alguns frascos de detergente, pastas para material escolar, calçados. É mais rígido, porém resistente.
OUTROS – Utilizados em eletrodomésticos, aparelhos telefônicos, revestimentos diversos, pisos, etc.
pneu
Você sabia que um pneu demora pelo menos 600 anos para se decompor?
Reaproveitamento e reciclagem
A borracha natural é um polímero obtido da seiva da seringueira, árvore de origem amazônica, mas que ganhou o mundo, principalmente pela rápida adaptação que sofreu quando, na virada do século, foi plantada com sucesso nas florestas tropicais asiáticas.
Para sua extração são feitos pequenos cortes superficiais no caule da árvore, através dos quais o látex é captado. Depois de sua coagulação e secagem, este material é aquecido e posteriormente processado com outras substâncias químicas, transformando-se em borracha.
Com o passar do tempo, criou-se na Alemanha a tecnologia para fabricá-la artificialmente a partir do petróleo. Apesar de a borracha sintética ser muito parecida com a borracha natural, ela não é tão resistente ao calor e racha com a mudança de temperatura muito rápida. Por isso, os artefatos são sempre constituídos de uma parcela da borracha natural.
No Brasil, a maior parte da borracha produzida industrialmente é usada na fabricação de pneus, correspondendo a 70% da produção. Além disso ela pode ser empregada em calçados, instrumentos cirúrgicos (como tubos, seringas e outros produtos farmacêuticos, além de luvas cirúrgicas e preservativos).
OS PNEUS
Os pneus foram inventados em 1845, depois que o norte-americano Charles Goodyear descobriu casualmente o processo de vulcanização da borracha, quando deixou cair borracha e enxofre no fogão.
Tornaram-se então substitutos das rodas de madeira e ferro, usadas em carroças e carruagens. A borracha além de ser mais resistente e durável, absorve melhor o impacto das rodas com o solo, o que tornou o transporte mais confortável e funcional.
A maior parte dos pneus hoje é feita de 10% de borracha natural (látex), 30% de petróleo (borracha sintética) e 60% de aço e tecidos (tipo lona), que servem para fortalecer ainda mais a estrutura.
Produção X Descarte
Um estudo feito pela Universidade de Vrije, na Holanda, descobriu que todos os dias são fabricados cerca de 2 milhões de novos pneus no mundo. Isto significa uma produção anual de 730 milhões de pneus (janeiro/1999). Ao mesmo tempo, hoje são transformados em sucata 800 milhões de unidades por ano.
No Brasil, em 1993, 0,5% do lixo urbano brasileiro eram de pneus velhos e fora de uso. Hoje são descartados no país cerca de 17 milhões de pneus por ano.
Reciclagem e reaproveitamento
Para recuperação e regeneração é necessária a separação da borracha vulcanizada de outros componentes (como metais e tecidos, por exemplo). Os pneus são cortados em lascas e purificados por um sistema de peneiras. As lascas são moídas e depois submetidas à digestão em vapor d’água e produtos químicos, como álcalis e óleos minerais, para desvulcanizá-las. O produto obtido pode ser então refinado em moinhos até a obtenção de uma manta uniforme ou extrudado para obtenção de grânulos de borracha.
A borracha regenerada apresenta duas diferenças básicas do composto original: possui características físicas inferiores, pois nenhum processo consegue desvulcanizar a borracha totalmente, e tem uma composição indefinida, já que é uma mistura dos componentes presentes. No entanto, este material tem várias utilidades: cobrir áreas de lazer e quadras de esporte, fabricar tapetes para automóveis; passadeiras; saltos e solados de sapatos; colas e adesivos; câmaras de ar; rodos domésticos; tiras para indústrias de estofados; buchas para eixos de caminhões e ônibus, entre outros.
Aspectos interessantes
O Brasil se encontra em 2º lugar no ranking mundial de recauchutagem de pneus.
Um pneu de avião a jato pode ser recauchutado até 30 vezes.
A reciclagem e reaproveitamento dos pneus no Brasil corresponde a cerca de 30 mil toneladas (Cempre, 1999).
OUTRAS FORMAS DE RECICLAGEM E REAPROVEITAMENTO DOS PNEUS
Proteção de construções à beira mar – nos diques e cais; barragens e contenção de encostas, onde são geralmente colocados inteiros;
Recauchutagem – são adicionadas novas camadas de borracha nos pneus "carecas" ou sem friso. A recauchutagem aumenta a vida útil do pneu em 40% e economiza 80% de energia e matéria-prima em relação à produção de pneus novos.
Reaproveitamento energético (fornos de cimento e usinas termoelétricas) - cada quilograma de pneu libera entre 8,3 a 8,5 kilowatts por hora de energia. Esta energia é até 30% maior do que a contida em 1 quilo de madeira ou carvão. As indústrias de papel e celulose e as fábricas de cal também são grandes usuárias de pneus em caldeiras, usando a carcaça inteira e aproveitando alguns óxidos contidos nos metais dos pneus radiais.
Importante:
A queima de pneus para aquecer caldeiras é regulamentada por lei. Ela determina que a fumaça emanada (contendo dióxido de enxofre, por exemplo) se enquadre no padrão I da escala de Reingelmann para a totalidade de fumaças.
Estudos, pesquisas e novas tecnologias
ð A RELASTOMER Tecnologia e Participações S.A. desenvolveu um processo cuja característica básica é a recuperação de borrachas vulcanizadas a baixa temperatura (máximo 80ºC), a execução deste processamento na fase líquida e a utilização de catalisador heterogêneo. O produto regenerado apresenta alta homogeneidade, mantendo 75% das características físicas da composição original.
ð Um subprojeto interdisiciplinar envolvendo pesquisadores das faculdades de Engenharia Civil e Mecânica da Unicamp propõe uma solução de gerenciamento de pneus descartados. A proposta dos professores Carlos Alberto Mariotoni, Caio Glauco Sanchéz e E. Goulart consiste na construção de um reator de leito fluidizado que processa fragmentos de pneus usados, para a obtenção de subprodutos através de sua gaseificação.
ð O Departamento de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) é pioneiro no desenvolvimento de pesquisa relacionada à reutilização de pneus usados em obras de engenharia no Brasil. A PUC-RJ, com apoio da International Development Research Centre (IDRC) e da Geo-Rio e com a participação da Universidade de Ottawa, vem desenvolvendo experimentos de construção de muros de arrimo com pneus e ensaios relativos ao reforço de solos com pneus usados, o que introduz uma resistência e rigidez adicionais aos aterros.
FORMAS INADEQUADAS DE DISPOSIÇÃO DE PNEUS
E SUAS CONSEQÜÊNCIAS AO AMBIENTE
*
Jogados em terrenos baldios, acumulam, por causa de seu formato, água da chuva no seu interior, servindo de local onde os mosquitos transmissores de doenças, como a dengue e a febre amarela, colocam seus ovos.
*
Colocados em lixões, misturam-se com o resto do lixo, absorvendo os gases liberados pela decomposição, inchando e estourando. Acabam sendo separados e abandonados em grandes pilhas em locais abertos, junto a esses lixões.
*
Queimados, podem causar incêndios, pois cada pneu é capaz de ficar em combustão por mais de um mês, liberando mais de dez litros de óleo no solo, contaminando a água do subsolo e aumentando a poluição do ar. Saiba então que isto é proibido pela legislação ambiental !
O QUE PODE SER FEITO?
Ö Manter os pneus em lugar abrigado ou cobri-los para evitar que a água entre e se acumule.
Ö Antes de jogar pneus num aterro, furar as carcaças para deixar escorrer a água ou cortá-las em muitos pedaços, para diminuir seu volume.
Ö RECICLAR, porque: economiza energia - para cada meio quilo de borracha feita de materiais reciclados, são economizados cerca de 75% a 80% da energia necessária para produzir a mesma quantidade de borracha virgem (nova); economiza petróleo (uma das fontes de matéria-prima); reduz o custo final da borracha em mais de 50%.
Ö REDUZIR o consumo dos pneus, mantendo-os adequadamente cheios e alinhados, fazendo rodízio e balanceamento a cada dez mil quilômetros e procurar usar pneus com tiras de aço, que têm uma durabilidade 90% maior do que o normal.
papel
Os registros pré-históricos de desenhos e sinais nas pedras e cavernas foram o início de uma história contínua que retrata a cultura e os hábitos de cada sociedade. Na Antiguidade, o povo egípcio desenvolveu uma forma de utilizar o junco ( papiro), ensopando-o com água e sovando até obter uma forma de pergaminho, com espessura semelhante a um tecido.
C. Papyrus
Mas o papel, tal como o conhecemos hoje, teve origem na China: misturando cascas de árvores e trapos de tecidos. Depois de molhados, eram batidos até formarem uma pasta. Esta pasta, depositada em peneiras para escorrer a água, depois de seca tornava-se uma folha de papel.
Ainda hoje os trapos de algodão e linho são utilizados por alguns países na fabricação de papéis resistentes, como o papel-moeda.
Os árabes assimilaram a técnica e a espalharam na Península Ibérica, quando a conquistaram (isto se iniciou lá por 1300). Os demais países europeus só a conheceram por volta dos séculos XIII e XIV.
Graças ao trabalho de copiar manuscritos, na Idade Média, em formas artesanais de papel, foi possível conservar os mais importantes registros da história da humanidade até então. Com a invenção da "imprensa", permitindo a impressão por linotipos em papel, a disseminação da informação passou a ser muito mais veloz e acessível a todos, e a Revolução Industrial impulsionou ainda mais essas mudanças; hoje o papel talvez seja o produto mais utilizado e corriqueiro.
Composição
O papel é formado por milhões de fiapos que vêm de plantas, que chamamos de FIBRAS. (você pode fazer uma experiência simples, rasgando uma folha de papel e observando a borda). Existem vários tipos de papel. Ele pode variar em peso, espessura, entre outras coisas.
Mas é sua estrutura porosa, semelhante a algumas rochas (como a pedra pome), que lhe dá características especiais, diferenciando-o dos tecidos de algodão.
TIPOS
APLICAÇÕES
Cartões perfurados
Cartões para computação de dados
Branco
Papéis brancos de escritório, manuscritos, impressos, cadernos usados sem capas;
Kraft
Sacos de papel para cimento, sacos de papel de pão;
Jornais
Jornais;
Cartolina
Cartão e cartolina;
Ondulado
Caixa de papelão ondulado;
Revistas
Revistas;
Misto
Papéis usados mistos de escritórios, gráficas, lojas comerciais, residências;
Tipografia
Aparas de gráficas e tipografias
Produção
Atualmente, a maior parte dos papéis (cerca de 95%) é feita a partir do tronco de árvores cultivadas; as partes menores, como ramos e folhas, não são aproveitadas, embora as folhas e galhos possam também ser utilizados no processo. No Brasil o eucalipto é a espécie mais utilizada, por seu rápido crescimento, atingindo em torno de 30 m de altura em 7 anos.
Modificado de 5 Elementos, 1995
1 - Os troncos são descascados
2 - Picados
3 - Digestores: cozimento em soda cáustica
4 - Celulose e água
5 - Prensagem e secagem
6 - Bobina
Reciclagem
Os papéis industrializados no Brasil, hoje, contém uma percentagem de papéis usados. Pode-se produzir o papel com 100% de papel usado!
O QUE PODE SER RECICLADO
jornais e revistas
fotocópias
folhas de caderno
envelopes
formulários de computador
provas
caixas em geral
rascunhos
aparas de papel
cartazes velhos
papel de fax
Observação importante: os papéis combinados com outros materiais (plastificados, metalizados, papel carbono, etc), ou muito sujos de graxa, gordura, alimentos, e também os papéis higiênicos, não devem ser misturados com os indicados acima
Os sucateiros, os sitiantes e até os fazendeiros, vão trabalhar dobrado, ganhando mais dinheiro e deixando a cidade livre deste mal nescessario que é o lixo.
Porque sitiantes? Os produtos organicos, podem servir para ração animal, peixes e pricipalmente para adubar a terra.
No Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, é obrigatório por lei realizar coleta seletiva de materiais recicláveis nos órgãos e nas escolas públicas estaduais, e também é obrigatório o uso de papel reciclado nos órgãos públicos do Estado.Um dia será em todos os Estados com sua colaboração e participação.
Tropeiro da Serra
O tropeiro-da-serra é uma espécie de ave da subfamília Cotinginae.
É endémica do Brasil.
Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude e regiões subtropicais ou tropicais húmidas de alta altitude.
Está ameaçada por perda de habitat.
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Tyrannidae
Subfamília: Cotinginae
Género: Lipaugus
Espécie: L. lanioides
Nome binomial
Lipaugus lanioides
Toutinegra
Aula de vôo: um mergulho no espaço
Os pássaros que crescem em ninho aberto sentem o vento e podem bater as asas antes de voar. Isso não acontece com as toutinegras, que nascem em ninho construído no oco de uma árvore, numa velha chaminé ou até mesmo em uma caixa de correio abandonada. Quando elas têm quase duas semanas, trepam na borda do ninho e, mesmo ofuscadas pela luz, mergulham no espaço. Os pais vigiam e encorajam os filhos com gritos.
A família dos Parídeos inclui muitas espécies, como a grande toutinegra, a toutinegra dos pântanos e a toutinegra de crista. As espécies européias mais conhecidas são a negra e a azul, de hábitos semelhantes. A toutinegra passa o dia procurando alimento. Um adulto chega a comer por dia o seu peso em insetos.
O macho alimenta a fêmea enquanto ela está chocando os ovos. Quando nasce a dúzia de filhotes, os pais levam-lhes por dia cerca de 300 bicos cheios de alimento, durante a primeira semana; na segunda, esse número sobe para 600. Então os filhotes já podem deixar o ninho; continuam, porém, sendo alimentados pelos pais por mais outros 12 dias.
FILO: Chordata
CLASSE: Aves
ORDEM: Passeriformes
FAMÍLIA: Paridae
CARACTERÍSTICAS:
Comprimento: 12 cm
2 ninhadas de 8 a 13 filhotes por ano
Alimento: insetos e larvas
Ela não ouve a flauta
A naja-indiana tem grande participação na mitologia da Índia. É a cobra famosa que os encantadores de serpentes exibem nas praças públicas. Na realidade, a cobra não responde ao som da flauta do encantador, porque, como todas as cobras, ela não tem ouvidos. Seu veneno é bastante violento, tem efeito semelhante ao do curare, substancia com que os indígenas da América do Sul envenenam suas flechas. Esse veneno (o curare) é usado, porém em medicina. Dele se extrai uma substância que é eficiente na redução da pressão arterial.
A naja-indiana é facilmente reconhecida por um desenho na parte de trás da cabeça.
Esse desenho lembra um par de óculos e por isso essa naja,é, às vezes, chamada "naja-binóculo". Habitando principalmente as regiões úmidas, ela se alimenta de roedores e anfíbios; às vezes come passarinhos. Macho e fêmea permanecem juntos após o acasalamento. Os ovos são postos em oco de troncos ou em ninhos abandonados de cupins. A fêmea permanece vigilante por perto, mas não incuba os ovos. Após 50 ou 60 dias, os ovos se quebram e os filhotes saem com 20 ou 30 cm., pesando mais ou menos 15 g. cada.
Filo: Chordata
Inimigo principal: o mangusto.
Classe: Repitilia
Ordem: Squamata
Família: Elapidae
Características:
Comprimento: 1,50 m.
Um acasalamento por ano
Ovos: 8 a 45 de 2 a 3 meses
após o acasalamento
Camaleão
O camaleão é um animal escamoso da família dos lagartos (Chamaeleonidae). São conhecidas cerca de 160 espécies de camaleão, sendo que, a maior parte vive na África O nome “camaleão” vem do nome grego chamailéon, e significa leão rasteiro.
Os camaleões mudam de cor ( se camuflam ) para escapar de seus predadores, se alimentam de insetos folhas e frutas, sua língua é muito gosmenta e pegajosa por isto consegue agarrar os insetos em pleno vôo sem sair do lugar.
Com a ajuda de sua cauda, que se enrola, pode se pendurar em galhos e tronco. A cauda também pode ser usada para se defender dando chicotadas em seus predadores.
Os camaleões são répteis descendentes de lagartos como a iguana.
São encontrados na Ásia, África, Europa e América do Sul.Vivem em média de 10 anos e sua ninhada possui de 30 a 40 ovos.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Por Que Reciclar
a reciclagem de materiais é muito importante , tanto para diminuir o acumulo de produtos da natureza quanto para poupa-la
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Alguém já disse que uma das aventuras mais fascinantes é acompanhar o ciclo das águas na Natureza. Suas reservas no planeta são constantes, mas isso não é motivo para desperdiçá-la ou mesmo poluí-la. A água que usamos para os mais variados fins é sempre a mesma, ou seja, ela é responsável pelo funcionamento da grande máquina que é a vida na Terra; sendo tudo isto movido pela energia solar.
Vista do espaço, a Terra parece o Planeta Água, pois esta cobre 75% da superfície terrestre, formando os oceanos, rios, lagos etc. No entanto, somente uma pequenina parte dessa água - da ordem de 113 trilhões de m3 - está à disposição da vida na Terra. Apesar de parecer um número muito grande, a Terra corre o risco de não mais dispor de água limpa, o que em última análise significa que a grande máquina viva pode parar.
A água nunca é pura na Natureza, pois nela estão dissolvidos gases, sais sólidos e íons. Dentro dessa complexa mistura, há uma coleção variada de vida vegetal e animal, desde o fitoplâncton e o zooplâncton até a baleia azul (maior mamífero do planeta). Dentro dessa gama de variadas formas de vida, há organismos que dependem dela inclusive para completar seu ciclo de vida (como ocorre com os insetos). Enfim, a água é componente vital no sistema de sustentação da vida na Terra e por isso deve ser preservada, mas nem sempre isso acontece. A sua poluição impede a sobrevivência daqueles seres, causando também graves conseqüências aos seres humanos.
A poluição da água indica que um ou mais de seus usos foram prejudicados, podendo atingir o homem de forma direta, pois ela é usada por este para ser bebida, para tomar banho, para lavar roupas e utensílios e, principalmente, para sua alimentação e dos animais domésticos. Além disso, abastece nossas cidades, sendo também utilizada nas indústrias e na irrigação de plantações. Por isso, a água deve ter aspecto limpo, pureza de gosto e estar isenta de microorganismos patogênicos, o que é conseguido através do seu tratamento, desde da retirada dos rios até a chegada nas residências urbanas ou rurais. A água de um rio é considerada de boa qualidade quando apresenta menos de mil coliformes fecais e menos de dez microorganismos patogênicos por litro (como aqueles causadores de verminoses, cólera, esquistossomose, febre tifóide, hepatite, leptospirose, poliomielite etc.). Portanto, para a água se manter nessas condições, deve-se evitar sua contaminação por resíduos, sejam eles agrícolas (de natureza química ou orgânica), esgotos, resíduos industriais, lixo ou sedimentos vindos da erosão.
Sobre a contaminação agrícola temos, no primeiro caso, os resíduos do uso de agrotóxicos (comum na agropecuária), que provêm de uma prática muitas vezes desnecessária ou intensiva nos campos, enviando grandes quantidades de substâncias tóxicas para os rios através das chuvas, o mesmo ocorrendo com a eliminação do esterco de animais criados em pastagens. No segundo caso, há o uso de adubos, muitas vezes exagerado, que acabam por ser carregados pelas chuvas aos rios locais, acarretando o aumento de nutrientes nestes pontos; isso propicia a ocorrência de uma explosão de bactérias decompositoras que consomem oxigênio, contribuindo ainda para diminuir a concentração do mesmo na água, produzindo sulfeto de hidrogênio, um gás de cheiro muito forte que, em grandes quantidades, é tóxico. Isso também afetaria as formas superiores de vida animal e vegetal, que utilizam o oxigênio na respiração, além das bactérias aeróbicas, que seriam impedidas de decompor a matéria orgânica sem deixar odores nocivos através do consumo de oxigênio.
Os resíduos gerados pelas indústrias, cidades e atividades agrícolas são sólidos ou líquidos, tendo um potencial de poluição muito grande. Os resíduos gerados pelas cidades, como lixo, entulhos e produtos tóxicos são carreados para os rios com a ajuda das chuvas. Os resíduos líquidos carregam poluentes orgânicos (que são mais fáceis de ser controlados do que os inorgânicos, quando em pequena quantidade). As indústrias produzem grande quantidade de resíduos em seus processos, sendo uma parte retida pelas instalações de tratamento da própria indústria, que retêm tanto resíduos sólidos quanto líquidos, e a outra parte despejada no ambiente. No processo de tratamento dos resíduos também é produzido outro resíduo chamado "chorume", líquido que precisa novamente de tratamento e controle. As cidades podem ser ainda poluídas pelas enxurradas, pelo lixo e pelo esgoto.
Enfim, a poluição das águas pode aparecer de vários modos, incluindo a poluição térmica, que é a descarga de efluentes a altas temperaturas, poluição física, que é a descarga de material em suspensão, poluição biológica, que é a descarga de bactérias patogênicas e vírus, e poluição química, que pode ocorrer por deficiência de oxigênio, toxidez e eutrofização .
A eutrofização é causada por processos de erosão e decomposição que fazem aumentar o conteúdo de nutrientes, aumentando a produtividade biológica, permitindo periódicas proliferações de algas, que tornam a água turva e com isso podem causar deficiência de oxigênio pelo seu apodrecimento, aumentando sua toxidez para os organismos que nela vivem (como os peixes, que aparecem mortos junto a espumas tóxicas).
A poluição de águas nos países ricos é resultado da maneira como a sociedade consumista está organizada para produzir e desfrutar de sua riqueza, progresso material e bem-estar. Já nos países pobres, a poluição é resultado da pobreza e da ausência de educação de seus habitantes, que, assim, não têm base para exigir os seus direitos de cidadãos, o que só tende a prejudicá-los, pois esta omissão na reivindicação de seus direitos leva à impunidade às indústrias, que poluem cada vez mais, e aos governantes, que também se aproveitam da ausência da educação do povo e, em geral, fecham os olhos para a questão, como se tal poluição não atingisse também a eles. A Educação Ambiental vem justamente resgatar a cidadania para que o povo tome consciência da necessidade da preservação do meio ambiente, que influi diretamente na manutenção da sua qualidade de vida.
Dentro desse contexto, uma grande parcela da contenção da "saúde das águas" cabe a nós, brasileiros, pois se a Terra parece o Planeta Água, o Brasil poderia ser considerado sua capital, já que é dotado de uma extensa rede de rios, e privilegiado por um clima excepcional, que assegura chuvas abundantes e regulares em quase todo seu território.
O Brasil dispõe de 15% de toda a água doce existente no mundo, ou seja, dos 113 trilhões de m3 disponíveis para a vida terrestre, 17 trilhões foram reservados ao nosso país. No processo de reciclagem, quase a totalidade dessa água é recolhida pelas nove grandes Bacias Hidrográficas aqui existentes. Como a água é necessária para dar continuidade ao crescimento econômico, as Bacias Hidrográficas passam a ser áreas geográficas de preocupação de todos os agentes e interesses públicos e privados, pois elas passam por várias cidades, propriedades agrícolas e indústrias. No entanto, a presença de alguns produtos químicos industriais e agrícolas (agrotóxicos) podem impedir a purificação natural da água (reciclagem) e, nesse caso, só a construção de sofisticados sistemas de tratamento permitiriam a retenção de compostos químicos nocivos à saúde humana, aos peixes e à vegetação.
Quanto melhor é a água de um rio, ou seja, quanto mais esforços forem feitos no sentido de que ela seja preservada (tendo como instrumento principal de conscientização da população a Educação Ambiental), melhor e mais barato será o tratamento desta e, com isso, a população só terá a ganhar. Mas parece que a preocupação dos técnicos em geral é sofisticar cada vez mais os tratamentos de água, ao invés de se aterem mais à preservação dos mananciais, de onde é retirada água pura. Este é o raciocínio - mais irracional - de que a técnica pode fazer tudo. Técnicas sofisticadíssimas estão sendo desenvolvidas para permitir a reutilização da água no abastecimento público, não percebendo que a ingestão de um líquido tratado com tal grau de sofisticação pode ser tudo, menos o alimento vital do qual o ser humano necessita. Ou seja, de que adianta o progresso se não há qualidade de vida? A única medida mitigadora possível para este problema, na situação grave em que o consumo da água se encontra, foi misturar e fornecer à população uma água de boa procedência com outra de procedência pior, cuidadosamente tratada e controlada. Vejam a que ponto tivemos que chegar.
Portanto, a meta imediata é preservar os poucos mananciais intactos que ainda restam para que o homem possa dispor de um reservatório de água potável para que possa sobreviver nos próximos milênios.
poluição
A poluição é geralmente conseqüência da atividade humana. É causada pela introdução de substâncias (ou de condições), que normalmente não estão no ambiente ou que nele existem em pequenas quantidades.
Poluente é o detrito introduzido num ecossistema não adaptado a ele, ou que não suporta as quantidades que são nele introduzidas. Dois exemplos de poluentes: o gás carbônico (CO2) e fezes humanas.
O CO2 das fogueiras do homem primitivo não era poluente, já que era facilmente reciclado pelas plantas. O mesmo gás, hoje produzido em quantidades muito maiores, é poluente e contribui para o agravamento do conhecido "efeito-estufa". Fezes humanas que são jogadas em pequena quantidade numa lagoa podem não ser poluentes, por serem facilmente decompostas por microorganismos da água. Em quantidades maiores, excedem a capacidade de reciclagem da lagoa e causam a morte da maioria dos organismos; neste caso, são poluentes.
Assinar:
Postagens (Atom)