sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Ouriço preto


O ouriço-preto (Chaetomys subspinosus) é um roedor da família Erethizontidae, endêmica do leste do Brasil, mais especificamente nos estados de Sergipe, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro. É semelhante ao ouriço-cacheiro, com pêlos cerdáceos e cauda não preênsil, de ponta nua. É uma espécie ameaçada de extinção. Também é conhecido pelo nome de jaú-torino.

Roedor de porte avantajado de coloração geral pardacenta, outrora abundante. A despeito de suas características externas, questiona-se a afinidade do ouriço-preto com as espécies de porco-espinho do Novo Mundo uma vez que apresenta várias características típicas dos ratos-de-espinho (família Echimyidae). Recentemente, foi sugerido que a espécie possa não ser porco-espinho verdadeiro, mas um rato-de-espinho altamente especializado e muito primitivo. Os espinhos diferem dos de outras espécies de porcos espinhos.

Assemelham-se mais a cerdas do que os espinhos verdadeiros, de onde se originou um de seus nomes populares "ouriço-do-espinho-mole".

Durante o dia, abriga-se no dossel das árvores ou topo de palmeiras, tendo predileção por locais onde bromélias e cipós se apresentam como verdadeiros emaranhados, denominados de "baceiros" no sul da Bahia. São animais noturnos, arborícolas e de movimentos lentos quando no chão, o que os torna bastante vulneráveis. São dóceis e emitem um som rouquenho quando molestados. Acredita-se que as fêmeas produzem um único filhote.



Alimentam-se de frutos, incluindo o cacau, forrageando individualmente. São animais solitários capazes de ocupar um grande número de habitats. São procurados como alimento em toda sua atual área de distribuição geográfica.

Ocorrência Geográfica
Ocorrência restrita à região de Floresta Atlântica, distribuição geográfica provavelmente compreendida desde o norte do estado do Rio de Janeiro até Sergipe. Pode habitar áreas de mata em diferentes estágios de regeneração, incluindo restingas, bordas de matas e áreas de cabruca. O ouriço-preto é endêmico da Floresta Atlântica e ocorre atualmente nos estados da Bahia e Espírito Santo. Apenas em algumas partes do sul da Bahia, onde a caça de subsistência ainda é uma ocupação primária, grupos de caçadores desenvolvem técnicas específicas para a captura do animal.

Categoria/Critério: Classificada pela IUCN como Vulnerável. Suas populações têm sido reduzidas sobretudo em função da destruição de seu habitat e da caça clandestina. A maiores ameaças são os assentamentos humanos e o desmatamento. População em declínio.

Cientista que descreveu: Olfers, 1818

Observações adicionais: Os porcos-espinhos são também perseguidos na região pela crença de que seus espinhos causam danos aos cães e outros animais de estimação. Acredita-se também que os espinhos são entidades vivas e independentes, além de possuírem propriedades medicinais. É a única espécie do gênero Chaetomys e, talvez, da subfamília.


Classificação científica
Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Mammalia

Ordem: Rodentia

Família: Erethizontidae

Subfamília: Chaetomyinae Género: Chaetomys
Gray, 1843
Espécie: C. subspinosus

Peso: aproximados 2kg.

Comprimento: 69 cm.


Nome binomial
Chaetomys subspinosus

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