Quero que as pessoas conscientizem-se sobre os cuidados que devemos ter com o meio ambiente.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
tartaruga-de-couro
O nome comum desta tartarua deve-se a seu casco, feito de uma camada fina, dura e borrachuda de pele, muito parecida com o couro. Esta pele é reforçada por milhares de pequenas placas ósseas. Trata-se do casco, que não é, portanto, visível.
O casco é negro com pintas azuladas e o plastrão varia entre tons esbranquiçados e preto. Sua carapaça é característica, larga, alongada e flexível, possuindo sete grandes quilhas no sentido do comprimento e mais cinco plastrão. Filhotes possuem manchas brancas na carapaça. A coloração é negra com manchas brancas, azuladas e rosadas; a cabeça e as nadadeiras são recobertas de pele sem placas ou escudos, sendo que as manchas podem ser azuladas e rosadas; a coloração do ventre é similar à carapaça, porém com manchas mais claras.
Suas grandes e fortes nadadeiras permitem que leve uma vida em oceano aberto, nadando grandes distâncias. Estas tartarugas têm uma extensão de cerca de 2,7 metros da ponta de uma nadadeira dianteira à ponta da outra. Nenhuma das nadadeiras possui garras.
A tartaruga de couro, como muitas outras tartarugas, reproduz-se em terra. Embora passem a maior parte da vida a mar aberto, e sejam fertilizadas lá, as fêmeas saem da água para fazer seus ninhos e depositarem seus ovos.
As estações de desova acontecem em intervalos de dois ou três anos. A cada estação a fêmea faz de seis a nove ninhos, em intervalos de dez dias. Geralmente, 110 ovos são postos por ninho. 80 fertilizados e 30, menores, não fertilizados. O tempo de incubação dos ovos é de 65 dias.
Economicamente, a importância das tartarugas de couro para os humanos é positiva. Apesar de se acreditar que estas tartarugas sejam tóxicas, as fêmeas reprodutoras são mortas regularmente para obtenção de comida em algumas áreas como Guyana, Trinidad e a costa do México no Pacífico. Os ovos também são apanhados para comida.
A Tartaruga de couro é uma das duas espécies de tartarugas marinhas tóxicas para humanos e outros animais. Só que esta afirmativa ainda não é totalmente confirmada. A carne deste animal possui, supostamente, uma substância chamada chelonitoxina, cuja química ainda é desconhecida. Esta substância é a mesma presente na tartaruga oliva (Lepidochelys olivacea), a outra tartaruga venenosa. Os sintomas observados são náusea, vômito, diarréia, senação de queimação nos lábios, língua e boca, perfuração no estômago, dificuldade para engulir, hipersalivação, pele rachada, coma e morte.
A tartaruga de couro está inclusa na lista vermelha de animais ameaçados de extinção da IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza), e consta do apêndice I da CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de espécies ameaçadas de Fauna e Flora silvestres). Na última revisão realizada recentemente por especialistas para elaboração da lista oficial de espécies ameaçadas de extinção do IBAMA, a tartaruga cabeçuda foi classificada como "criticamente em perigo". Têm sido registradas capturas acidentais na pesca com espinhel pelágico de superfície e rede de deriva, de indivíduos juvenis, subadultos e adultos, tanto na ZEE como além da mesma. Registros de capturas e encalhes ocorrem ao longo de todo o país, com maior incidência em águas mais frias, entre os estados do Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul. É a espécie mais ameaçada, possuindo um número bem reduzido de fêmeas reproduzindo-se no Brasil. A coleta e ovos e a matança de fêmeas têm sido intensas principalmente no Pacífico e na Costa Rica, onde a captura acidental na pesca tem sido considerada o principal fator de declínio destas populações. As colônias no Atlântico (especialmente em Trinidad, Suriname e Guiana Francesa) estão razoavelmente protegidas, e na África do Sul e em Moçambique, embora as populações sejam pequenas, elas estão aumentando.
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